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Câmara de Caxias vive tensão após tentativa de antecipar eleição para Mesa Diretora de 2027/2028

"O poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente" — a célebre frase do historiador Lord Acton, escrita no século XIX, parece ecoar nos corredores da Câmara Municipal de Caxias nesta quarta-feira (14). Em uma sessão que misturou surpresa, protestos e suspeitas de jogo de bastidores, a Casa esteve a um passo de aprovar uma manobra polêmica: a antecipação da eleição da Mesa Diretora para 2027/2028.


O QUE ESTAVA EM JOGO?

A proposta, apresentada sem alarde prévio, pretendia antecipar em mais de um ano a disputa pela presidência e demais cargos da Mesa Diretora. Na prática, isso significaria trancar cadeiras estratégicas muito antes do prazo normal, em um movimento que os críticos classificaram como "golpe regimental". Vereadores como Vinicius Sabá e Léo Barata não pouparam palavras.

O JOGO DE XADREZ POLÍTICO

Mário Assunção, líder da articulação, garantiu que a medida estava "dentro das regras", citando o Regimento Interno. Mas a justificativa soou vazia para quem enxergou nas entrelinhas um plano de perpetuação no poder. Rumores nos corredores sugerem que a manobra buscaria blindar aliados e dificultar a entrada de novos nomes na disputa.

A tensão foi tanta que, mesmo com maioria favorável, a votação não aconteceu. O adiamento, porém, não acalmou os ânimos. Agora, a pressão popular e a ameaça de intervenção do Ministério Público pairam sobre a Câmara.

O RECADO QUE FICOU

Enquanto a poeira não baixa, uma coisa é certa: a população de Caxias não engoliu a tentativa de "queimar as etapas da democracia". Como diria o escritor George Orwell em "1984":
"Em tempos de engano universal, dizer a verdade torna-se um ato revolucionário."

E, pelo visto, alguns vereadores estão dispostos a bancar essa revolução. Fiquem de olho.

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