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Racha entre Brandão e dinistas cria cenário matemático favorável à vitória da direita no Maranhão

Os movimentos recentes no tabuleiro político maranhense trazem à tona um cenário que, para muitos, pode parecer improvável, mas que, matematicamente falando, é bastante plausível: a direita eleger o próximo governador do Maranhão. E isso, caros leitores, sem ainda termos entrado na fase decisiva do jogo.


O governador Carlos Brandão (PSB), que venceu o pleito de 2022 com 51,29% dos votos (1.769.187), enfrenta um visível distanciamento de seu principal aliado de campanha, o vice-governador Felipe Camarão (PT). A cisão entre os "brandonistas" e os "dinistas" tem reverberado nas bases e abriu espaço para uma reorganização no campo conservador.

Lahesio Bonfim (PSC), que surpreendeu ao obter 24,87% (857.744 votos) na eleição passada, agora divide os holofotes da oposição com Eduardo Braide (sem partido), atual prefeito de São Luís. Pesquisa recente da Luneta Pesquisas para o Governo do Maranhão em 2026 aponta o seguinte cenário:

  • Eduardo Braide: 30,78%

  • Felipe Camarão: 14,01%

  • Lahesio Bonfim: 13,91%

  • Roberto Rocha: 7,41%

  • Orleans Brandão: 3,4%

É natural que o prefeito da capital pontue alto, dada sua exposição. No entanto, chama atenção o desempenho consistente de Lahesio, mesmo sem mandato e sem a estrutura de um grande partido.

Caso Braide e Lahesio decidam somar forças em uma chapa conjunta – seja Braide cabeça de chapa com Lahesio de vice, ou vice-versa – a equação eleitoral pode virar uma conta fácil de resolver no primeiro turno. E é aí que o adversário, desorganizado e rachado, entra em desvantagem sem saber de onde virá o ataque.

Como disse Sun Tzu em A Arte da Guerra:
“Toda guerra é baseada no engano. Por isso, quando capazes, devemos parecer incapazes; quando ativos, inativos.”

A estratégia da direita pode, portanto, estar justamente na aparente dispersão. A união, quando surgir, virá como surpresa para muitos — mas não para quem acompanha os números.

E se ainda restar dúvida, vale lembrar outro clássico da literatura política. Como escreveu Maquiavel em O Príncipe:
“A política não tem relação com a moral.”

O eleitor médio pode até esperar o improvável, como o torcedor que se levanta da cadeira quando o craque do time parte em disparada, driblando dois, três adversários. E então espera... o gol.

Hoje, Braide e Lahesio parecem afogados em disputas paralelas. Mas a política, como a maré, muda. E pode mudar antes mesmo das 19h do dia da eleição.

Como diria o velho ditado: muitas águas ainda vão rolar por debaixo da ponte — mas a correnteza, ao que tudo indica, já começa a puxar para a direita.

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